segunda-feira, 19 de setembro de 2011

PERDÃO ENTRE IRMÃOS



Relação entre irmãos de sangue não é fácil. Geralmente há uma rivalidade que faz com que um fique competindo com o outro. Eu mesmo já tive por anos uma rivalidade com minha irmã, mais por parte dela. Às vezes eu também provocava contenda. Depois que nós nos convertemos e amadurecemos em Cristo melhoramos bastante e só de vez em quando há uma pequena rixa, mas coisa leve, nada comparado aos tempos de adolescente que era uma guerra só. Isso é normal, acontece até hoje com muitos irmãos. Claro que há casos de a rivalidade ser para vida inteira, principalmente em lares não cristãos. Na bíblia também há relatos de irmãos que tem ciúme do outro, inveja ou alguma mágoa. Há o caso de Esaú e Jacó, que brigaram desde o ventre e na primeira briga venceu Esaú que conseguiu nascer primeiro e Jacó veio atrás segurando seu calcanhar. (Gn 25:26).

Resumindo a história: Jacó comprou os direitos de ser o mais velho e depois passou a frente e ofereceu primeiro um prato para seu pai e recebeu a bênção. Esaú veio logo depois e já não havia mais bênção para ele. Tomado de raiva jurou vingança de morte contra seu irmão. Rebeca soube e fez com que Jacó fosse para outras terras. Depois de ter nascido seus filhos e conquistado seu rebanho Jacó foi embora outra vez e estava no caminho das terras de Edom, onde vivia Esaú. Sabendo disso preparou presentes para seu irmão e orou ao Senhor.

Eu, teu servo, não mereço toda a bondade e fidelidade com que me tens tratado. Quando atravessei o Jordão, eu tinha apenas um bastão e agora estou voltando com estes dois grupos de pessoas e animais. Ó Senhor, eu te peço que me salves do meu irmão Esaú. Tenho medo que ele venha e me mate e também as mulheres e crianças. Gn 32:10-11.

Antes de se encontrar com seu irmão, Jacó lutou com o anjo de Deus e teve seu nome trocado para Israel. Quando Jacó encontrou Esaú face a face humilhou-se diante dele e assumiu uma postura de servo perante ele e ofereceu os presentes que tinha separado e para surpresa de Jacó, Esaú teve outra atitude:

Porém Esaú saiu correndo ao encontro de Jacó e o abraçou; ele pôs os braços em volta do seu pescoço e o beijou. E os dois choraram. Gn 33:4.

E aquela atitude deixou Jacó muito feliz, fez questão que seu irmão recebesse os presentes e ainda disse: Para mim, ver o seu rosto é como ver o rosto de Deus, pois o senhor me recebeu tão bem (v. 10b)

Essa história nos ensina que devemos perdoar nosso irmão, mas também admitir quando erramos. Entregar ao Senhor para que Ele toque no nosso irmão para nos perdoar. E também se o nosso irmão nos machucar também estar prontos para perdoar.
Houve uma vez que numa das brigas com minha irmã, eu escrevi uma carta para ela e mencionei aquela passagem em que Pedro pergunta se temos que perdoar sete vezes o irmão que pecar contra nós e Jesus responde: Sete não, mas setenta vezes sete.
Muitas vezes ela estava errada e era eu quem pedia perdão para tentar ficarmos bem. O Senhor não quer irmãos brigando, porque se não conseguimos viver em paz com irmãos de sangue quanto mais os nossos irmãos que não são de sangue. Façamos o esforço de viver bem um com os outros e primeiramente com os que são de casa.





 

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